domingo, 31 de julho de 2011

O amor

Sabem os loucos de sua grandeza. Intrigante é, o dizem.
Porém não concebível o é quando se quer, e sim quando menos se espera.
Ninguém o explicou, nem o fará, pois não dignos de designá-lo o somos.
Como algo intangível pode nos transformar? A pior das feras ou a mais dócil e amável criatura?!
A bondade divina faz com que o amor cegue a nós, pobres humanos; indefesos diante das tentações apresentadas a nós como banquetes reais.
Para decifrá-lo, é preciso estar louco, soando assim como mero devaneio aos ouvidos alheios.
Por conseguinte, resta-nos conquistá-lo, porquanto é inerente à nossa plena saúde e até sobrevivência, mas principalmente à nossa felicidade.
Convém, todavia, cuidemo-nos, pois, na frágil situação em que nos encontramos, somos capazes, deploravelmente, de exterminá-lo em nós; ou, ao menos, fazer-nos acreditar.
Utopia, por querê-lo tanto e não poder encontrá-lo. Simplesmente por caminhar na direção correta, todavia em sentido contrário.
Cegamo-nos para senti-lo, quando deveríamos buscá-lo naturalmente nas mínimas e cotidianas situações que se nos apresentam humildemente, à espera, apenas, de que nosso livre arbítrio as perceba.