Embalsamado em torrentes eloquentes
De amor, ternura e de carinho reluzentes
Sou o que vê as espirais como serpentes
Dançarinas do louvor às verdadeiras
Damas da noite a flutuar livres, no
espaço
Corrompido, à imensidão, pela fumaça
Essa, que embaça o meu ver e pensamentos
E dos meus pares às volúpias de meus
sonhos
Tomado em fúlgida alusão à Boreal
A aurora de minha vida em ascensão
Perdido, não estou, desde a metade
Do caminho a percorrer, com gratidão
E os perjúrios que, tão certos, põem-se
incertos
E os prazeres que, de mim, têm retirado
Vitórias em batalhas vãs e vis
E memórias de minhas glórias sãs; viris
Mas bem que, a tempo, despertei de sério
coma
Estado tétrico, de amargura e de tolice
Pois que a desonra vai à forra com as
besteiras
De mentes delirantes e mesquinhas
Caístes, vós, também, em tentação
Não julgueis, pois, o próximo, a dormir
Em berço esplêndido ao julgar de tolo
bêbado
Pois que o acordar virá à tona, sim, um
dia
Tudo a seu tempo, entretanto; paciência
Fazeis a parte que lhes cabe, em
primazia
E entendeis que o julgamento, a nada,
leva
Exceto à mórbida justiça dos dizeres
E a culpa, pois, de fato, é das estrelas
Que nada temem, nem maldizem; não
precisam
A consciência dorme em paz; em separado
Do mundo turvo a sacudir desavisados
S@muel B@hi@ Ar@újo –
05/06/2014