quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Espírito peregrino

Nem tudo são flores
Nem sempre amores
Um dia as dores não mais me incomodarão

O verde dos campos
Refresca-me os pensamentos
A lua me devolve os encantos de outrora

Montanhas a perder de vista
Acolhem-me o caminhar
Morada perene de minha gratidão

Terrenos rústicos
Marcados por guerra
Contam-me revoltas do meu coração

Valente guerreiro
De contraste e mistério
Tempera a alma com doçura e frieza

Olhar profundo
A perscrutar com destreza
As almas dos mundos; desta e d’outra esfera

Espírito peregrino
A lapidar com esmero
A mais nobre e serena fera


S@muel B@hi@ Ar@újo – 06/02/2014

Transbordo-me

Transbordo-me de amor
Transbordo-me em calor
Transbordo-me em riso e em rima
Transbordo-me

Transbordo-me por ser capaz
Transbordo-me por teu olhar
Transbordo-me por me encantar
Transbordo-me

S@muel B@hi@ Ar@újo – 06/02/2014

De dois, um

Tuti-fruti
Menta
Os dois
Qualquer um...

Desde que
Nós dois
De dois
Façamos um...


S@muel B@hi@ Ar@újo – 04/02/2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estou a velar-te

Feche os teus olhos e acesse as lembranças...
Negros e longos, teus cabelos, balançam...
Sorriso brando te alcança à distância...
É o teu menino, a renovar-te a esperança...

Feche os teus olhos e, os medos, enfrente...
Não temas teus vícios. O que manda é a mente...
Estou aqui a velar-te: o sono e o riso...
Cuidar de tua alma; do que for preciso...

S@muel B@hi@ Ar@újo – 04/02/2014

Meu canto de inteiro amor

Flor menina perde suas pétalas
Num sofrer de agoniar o passarinho
Ela chora, ao olhar pra trás
Ele canta o porvir a contentá-la

Escute, ó, minha flor
O meu canto de inteiro amor
As pétalas não estão a morrer
Mas, sim, a renovar teu viver

O vento pede licença
Para varrer o passado
Fazê-lo lembranças boas
Mais que isso, aprendizado

Saiba escolher teu caminho
Nada é em vão ou por acaso
A felicidade é paciente
E a quem merece, far-se-á presente

S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

Escolhas difíceis

A felicidade provém de sacrifícios conscientes!
Escolhas só são difíceis quando as possibilidades assim as fazem.
O medo é reação natural.
O risco é superado pela vontade.

As consequências são reflexos das ações.
As conquistas são a colheita de nossas plantações.
O merecimento é medido pelo esforço.
A dificuldade se faz do tamanho do nosso molde.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

Sacrifícios conscientes

O sacrifício é inerente à vida.
A dor é consequência decorrente.
Toda necessidade se faz ocorrer.
Todo aprendizado se faz perceber.
Toda evolução se faz merecer.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Entrega justa

Faz queimar a brasa do meu ser intenso!
O âmago de mim faz-me querer-te, penso.
Mas se, todavia, recíproco, não for,
Nada mais farei por ti, ó, meu amor.

Amor, esse, que é sentido em brasas,
Distante e aquém do que se torna asas.
Doce distração em meio ao vento norte.
Fácil dissertação do sepulcro da sorte.

Não há quem prove que é por vão ensejo.
Faz-se por gozo de condição; desejo.
Não há acaso a se criar em atos.
Todo o azar se compraz em fatos.

Acreditar ou não, pois, far-se-á em vão,
Porquanto aceita-se no coração,
Falsários mortos por entregas justas.
Escolhas errôneas, às próprias custas.


S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

Oremos, pois

Oremos, pois, a agradecer por esta vida
Que nos concede a alegria do convívio
Por mais que longe, um do outro, ainda estamos

Saibamos, todavia, que os caminhos
De escolhas nossas, far-se-ão ser percorridos
E os corações, em busca de motivos
Encarem os sentidos que nos cercam


S@muel B@hi@ Ar@újo – 31/01/2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Frio e doce

Perdi-me nos versos que saltaram de meus dedos,
A preencher, ligeiramente, a tela inteira
Num desbravar profundo de minh’alma
A perscrutar o âmago de mim

Por sentimentos, dos mais nobres e sinceros,
Que cultivo com amor e todo esmero
E dou àqueles que um dia conquistaram
Essa alma, fria e doce, que vos fala

Sinto, aqui dentro, um carinho a me afagar
O alento que a paz faz sustentar
Apesar do desapego impróprio e vil
De um coração e suas marcas incuradas

Traumas, estes, que a paz faz esquecer,
Mas não perante nova frustração
E a frieza que, mais forte, se instala
A encruar um coração feito em doçura

De uma alma que canta aos quatro ventos
Espantando e acalmando os seus tormentos
Todavia as aparências, sim, enganam
Até aquele que se esconde de si mesmo

S@muel B@hi@ Ar@újo – 31/01/2014