A
fertilidade vaga solta e à espreita
Carrega
consigo o porvir dos desejos
Inclinada
a decair sobre os conceitos
De mentes
vãs e vis e justiceiras
Leva, em
bagagem, soberana indiferença,
Pois que
julgueis e fazeis, ainda assim
Hipócritas
que sois, de carteirinha
Com toda
pompa que se apresenta uma rainha
Escondeis
de vós as máscaras que pondes
A limitar
as visões que, de vós mesmos, tendes
A espiar,
por um espelho, as próprias almas
Que
apodrecem a cada ensejo e julgamento
Por que
chorais ao mundo, descontentes
E
inquiris de Deus, o poderoso
Se é de
vós que tendes de arrancar
Todo o
perjúrio que ainda teimais em desferir
Quanta
injustiça perante vós, os justiceiros
Que
renunciais em favor do mundo inteiro
A
felicidade que não conseguis por mérito
Ou os
infortúnios de tantos sofrimentos
Que
lograis de tal infâmia em que viveis,
A jurar
em falso o amor próprio, a quem vos vê?
Aceiteis
o próximo como é e, então, proveis
Um mundo
injusto, para aquele que não crê
Que a
própria sorte é feita e não prevê
Imunidade
àquele que entender
Que
causas justas é que o farão viver
De
integridade e honra, de verdade
S@muel
B@hi@ Ar@újo - 31/01/2014