quinta-feira, 26 de junho de 2014

O ar que me inspira

O ar que inspiro, ao simples respirar, a mim, inspira
Como a brisa que por ti passa e, em mim, reflete
Todo o meu ser embalsamado, como a mente
Retrato em meu peito é a paixão em fogo ardente

Faria mais feiras a ensejar um novo encontro
Eu correria doze léguas num segundo
Piscar dos pares aos encantos do respeito
E, com amor, de frente, enfim, um abraço, a dois

S@muel B@hi@ Ar@újo – 26/06/2014

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ah! As estrelas… Eu adoro as estrelas…

Embalsamado em torrentes eloquentes
De amor, ternura e de carinho reluzentes
Sou o que vê as espirais como serpentes
Dançarinas do louvor às verdadeiras

Damas da noite a flutuar livres, no espaço
Corrompido, à imensidão, pela fumaça
Essa, que embaça o meu ver e pensamentos
E dos meus pares às volúpias de meus sonhos

Tomado em fúlgida alusão à Boreal
A aurora de minha vida em ascensão
Perdido, não estou, desde a metade
Do caminho a percorrer, com gratidão

E os perjúrios que, tão certos, põem-se incertos
E os prazeres que, de mim, têm retirado
Vitórias em batalhas vãs e vis
E memórias de minhas glórias sãs; viris

Mas bem que, a tempo, despertei de sério coma
Estado tétrico, de amargura e de tolice
Pois que a desonra vai à forra com as besteiras
De mentes delirantes e mesquinhas

Caístes, vós, também, em tentação
Não julgueis, pois, o próximo, a dormir
Em berço esplêndido ao julgar de tolo bêbado
Pois que o acordar virá à tona, sim, um dia

Tudo a seu tempo, entretanto; paciência
Fazeis a parte que lhes cabe, em primazia
E entendeis que o julgamento, a nada, leva
Exceto à mórbida justiça dos dizeres

E a culpa, pois, de fato, é das estrelas
Que nada temem, nem maldizem; não precisam
A consciência dorme em paz; em separado
Do mundo turvo a sacudir desavisados

S@muel B@hi@ Ar@újo – 05/06/2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Em Paz

Não é por trazer-me paz
Que te escolho
Não é por escolher a ti
Que me envolvo

Não é por encantar-me
Que me alegro
Não é por aconselhar-me
Que, a ti, escuto

Não é por dominar meus pares
Que, a ti, desejo
Não é por desejar-te
Que me entrego

...

É por estar em paz
Que, a ti, percebo
É por envolver-me
Que busco a ti

É por alegrar-me
Que me encanto
É por ouvir meu coração
Que me aconselho

É por desejar-te
Que meus olhos brilham
É por entregar-me a ti
Que fico em paz


S@muel B@hi@ Ar@újo – 05/06/2014

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Essência

Fatores primários deixados de lado
Prioridade é dada às ciências humanas

À uma parte, o siso acrescenta emoção
D’outra parte provém o ensejo e o arbítrio

Este é posto à prova do fim a alcançar
Laços certos, assim, decerto, virão

Na rota trilhada é colhido o valor
Conquista maior; a essência do amor

S@muel B@hi@ Ar@újo – 29/05/2014

Meu Desejo

Outrora e hoje, o teu confidente
Pois, já em meu peito, a tua semente
Faz florescer o invento em minha mente
Versos diversos, de amor e ternura

Não fujas de mim, menina travessa
Não te procuro pra que me ofereças
Só tuas virtudes ou mil maravilhas
Desejo o sorriso do dia-a-dia


S@muel B@hi@ Ar@újo – 27/05/2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Espírito peregrino

Nem tudo são flores
Nem sempre amores
Um dia as dores não mais me incomodarão

O verde dos campos
Refresca-me os pensamentos
A lua me devolve os encantos de outrora

Montanhas a perder de vista
Acolhem-me o caminhar
Morada perene de minha gratidão

Terrenos rústicos
Marcados por guerra
Contam-me revoltas do meu coração

Valente guerreiro
De contraste e mistério
Tempera a alma com doçura e frieza

Olhar profundo
A perscrutar com destreza
As almas dos mundos; desta e d’outra esfera

Espírito peregrino
A lapidar com esmero
A mais nobre e serena fera


S@muel B@hi@ Ar@újo – 06/02/2014

Transbordo-me

Transbordo-me de amor
Transbordo-me em calor
Transbordo-me em riso e em rima
Transbordo-me

Transbordo-me por ser capaz
Transbordo-me por teu olhar
Transbordo-me por me encantar
Transbordo-me

S@muel B@hi@ Ar@újo – 06/02/2014

De dois, um

Tuti-fruti
Menta
Os dois
Qualquer um...

Desde que
Nós dois
De dois
Façamos um...


S@muel B@hi@ Ar@újo – 04/02/2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estou a velar-te

Feche os teus olhos e acesse as lembranças...
Negros e longos, teus cabelos, balançam...
Sorriso brando te alcança à distância...
É o teu menino, a renovar-te a esperança...

Feche os teus olhos e, os medos, enfrente...
Não temas teus vícios. O que manda é a mente...
Estou aqui a velar-te: o sono e o riso...
Cuidar de tua alma; do que for preciso...

S@muel B@hi@ Ar@újo – 04/02/2014

Meu canto de inteiro amor

Flor menina perde suas pétalas
Num sofrer de agoniar o passarinho
Ela chora, ao olhar pra trás
Ele canta o porvir a contentá-la

Escute, ó, minha flor
O meu canto de inteiro amor
As pétalas não estão a morrer
Mas, sim, a renovar teu viver

O vento pede licença
Para varrer o passado
Fazê-lo lembranças boas
Mais que isso, aprendizado

Saiba escolher teu caminho
Nada é em vão ou por acaso
A felicidade é paciente
E a quem merece, far-se-á presente

S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

Escolhas difíceis

A felicidade provém de sacrifícios conscientes!
Escolhas só são difíceis quando as possibilidades assim as fazem.
O medo é reação natural.
O risco é superado pela vontade.

As consequências são reflexos das ações.
As conquistas são a colheita de nossas plantações.
O merecimento é medido pelo esforço.
A dificuldade se faz do tamanho do nosso molde.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

Sacrifícios conscientes

O sacrifício é inerente à vida.
A dor é consequência decorrente.
Toda necessidade se faz ocorrer.
Todo aprendizado se faz perceber.
Toda evolução se faz merecer.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Entrega justa

Faz queimar a brasa do meu ser intenso!
O âmago de mim faz-me querer-te, penso.
Mas se, todavia, recíproco, não for,
Nada mais farei por ti, ó, meu amor.

Amor, esse, que é sentido em brasas,
Distante e aquém do que se torna asas.
Doce distração em meio ao vento norte.
Fácil dissertação do sepulcro da sorte.

Não há quem prove que é por vão ensejo.
Faz-se por gozo de condição; desejo.
Não há acaso a se criar em atos.
Todo o azar se compraz em fatos.

Acreditar ou não, pois, far-se-á em vão,
Porquanto aceita-se no coração,
Falsários mortos por entregas justas.
Escolhas errôneas, às próprias custas.


S@muel B@hi@ Ar@újo – 03/02/2014

Oremos, pois

Oremos, pois, a agradecer por esta vida
Que nos concede a alegria do convívio
Por mais que longe, um do outro, ainda estamos

Saibamos, todavia, que os caminhos
De escolhas nossas, far-se-ão ser percorridos
E os corações, em busca de motivos
Encarem os sentidos que nos cercam


S@muel B@hi@ Ar@újo – 31/01/2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Frio e doce

Perdi-me nos versos que saltaram de meus dedos,
A preencher, ligeiramente, a tela inteira
Num desbravar profundo de minh’alma
A perscrutar o âmago de mim

Por sentimentos, dos mais nobres e sinceros,
Que cultivo com amor e todo esmero
E dou àqueles que um dia conquistaram
Essa alma, fria e doce, que vos fala

Sinto, aqui dentro, um carinho a me afagar
O alento que a paz faz sustentar
Apesar do desapego impróprio e vil
De um coração e suas marcas incuradas

Traumas, estes, que a paz faz esquecer,
Mas não perante nova frustração
E a frieza que, mais forte, se instala
A encruar um coração feito em doçura

De uma alma que canta aos quatro ventos
Espantando e acalmando os seus tormentos
Todavia as aparências, sim, enganam
Até aquele que se esconde de si mesmo

S@muel B@hi@ Ar@újo – 31/01/2014

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A própria sorte

A fertilidade vaga solta e à espreita
Carrega consigo o porvir dos desejos
Inclinada a decair sobre os conceitos
De mentes vãs e vis e justiceiras

Leva, em bagagem, soberana indiferença,
Pois que julgueis e fazeis, ainda assim
Hipócritas que sois, de carteirinha
Com toda pompa que se apresenta uma rainha

Escondeis de vós as máscaras que pondes
A limitar as visões que, de vós mesmos, tendes
A espiar, por um espelho, as próprias almas
Que apodrecem a cada ensejo e julgamento

Por que chorais ao mundo, descontentes
E inquiris de Deus, o poderoso
Se é de vós que tendes de arrancar
Todo o perjúrio que ainda teimais em desferir

Quanta injustiça perante vós, os justiceiros
Que renunciais em favor do mundo inteiro
A felicidade que não conseguis por mérito
Ou os infortúnios de tantos sofrimentos

Que lograis de tal infâmia em que viveis,
A jurar em falso o amor próprio, a quem vos vê?
Aceiteis o próximo como é e, então, proveis
Um mundo injusto, para aquele que não crê

Que a própria sorte é feita e não prevê
Imunidade àquele que entender
Que causas justas é que o farão viver
De integridade e honra, de verdade


S@muel B@hi@ Ar@újo - 31/01/2014

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Apenas um sonho

Olho pro céu, contemplando a noite.
A esperança de que as últimas horas fossem apenas sonho se esvai, vagarosamente.
As lembranças me atormentam e me embaralham os sentidos.
Tudo corria bem. Nada era capaz de atrapalhar; nem incêndio, nem tempestade.

Palavras de extremo são descuidadas, eu deveria prever.
Assim sendo, o silêncio fez, em pó, as estruturas blindadas.
Empolguei-me, tenho de admitir.
Como não? Penso, contudo.
A vida é assim. Prossigamos, pois; como diria um velho amigo.

Tímida luz cumprimenta-me, ao longe.
Baixo os olhos e me escondo num canto.
O breu não fora uma escolha sábia.
Ali permaneço, todavia.

O pensar me desvia de meus medos. Leva-me ao mundo real que, em sonho, sou privilegiado a sentir, no ínterim de minha presente existência.
A reflexão conforta-me a alma e possibilita-me enxergar os verdadeiros motivos.
- “Seja forte, meu filho, seja forte!”

Acordo de meus devaneios e tal fala pulsa em meu consciente.
As cenas vistas se foram, como costura desfeita por fio solto.
Sensações impregnaram-me, porém, e a fala do velho ainda lateja em minha mente.
Devia, eu, reconsiderar os planos.

Pego de assalto, desperto em minha cama.
Suando frio, abro os olhos, ofegante.
Não vira o passado, decerto. A imaginação alertara-me por gracejo e o porvir me espera paciente.
Tudo tem o seu tempo. Precipitações são dispensáveis.
Cabe, contudo, considerar, que a espera não se faz eterna, tampouco passiva.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 29/01/2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Indecisão

Espere...
Só mais um pouco...
Não precisa dizer nada agora...
Está bom assim... aguente mais um tempo... só mais um...
Nãão!!! Agora não!!
Eu ainda não me decidi!
Por que eu? Por que comigo?
O que eu fiz?!...
E agora??
Lágrimas a escorrer, pensamentos a borbulhar, filmes a passar, opções que fazem remoer a indecisão...
O que virá?
Estava em minhas mãos. Por que não fiz alguma coisa?
Era a chance de minha vida!
Bastava inquirir-me e eu saberia...
Mas estava bom.
Eu não queria mudar naquele momento.
Pra quê? Estava tão cômodo.
...
Passou...

S@muel B@hi@ Ar@újo – 28/01/2014

Percepção

Não há como esconder
O que sou, de você
Pois que lê-me, de fato
Já de pronto, no ato

Isso é muito bom
Não limito o dizer
Tem, é certo, um dom
Saiba o que irá fazer

Tudo é ferramenta
Mas você que incrementa
A jogada a seguir,
De sua ação, vai sair

Saiba, sempre, porém,
Assumir o seu ato
Deve fazer o bem
E, ao falar, tenha tato

O que se aproximar,
Pra ouvir ou falar,
De sua rima precisa;
Coerente e concisa

Tenha fé e, não, medo
Muitos, vai ajudar
Sim, merece sossego
Ninguém vai lhe encostar

Com esforço, se aprende
Contudo, isso, depende
Da vontade de amar
De verdade, ajudar

Mais que vê, há no mundo
Rodeando e seguindo
E o viver mais profundo
É o que está sentindo

S@muel B@hi@ Ar@újo – 27/01/2014