sexta-feira, 6 de junho de 2014

Ah! As estrelas… Eu adoro as estrelas…

Embalsamado em torrentes eloquentes
De amor, ternura e de carinho reluzentes
Sou o que vê as espirais como serpentes
Dançarinas do louvor às verdadeiras

Damas da noite a flutuar livres, no espaço
Corrompido, à imensidão, pela fumaça
Essa, que embaça o meu ver e pensamentos
E dos meus pares às volúpias de meus sonhos

Tomado em fúlgida alusão à Boreal
A aurora de minha vida em ascensão
Perdido, não estou, desde a metade
Do caminho a percorrer, com gratidão

E os perjúrios que, tão certos, põem-se incertos
E os prazeres que, de mim, têm retirado
Vitórias em batalhas vãs e vis
E memórias de minhas glórias sãs; viris

Mas bem que, a tempo, despertei de sério coma
Estado tétrico, de amargura e de tolice
Pois que a desonra vai à forra com as besteiras
De mentes delirantes e mesquinhas

Caístes, vós, também, em tentação
Não julgueis, pois, o próximo, a dormir
Em berço esplêndido ao julgar de tolo bêbado
Pois que o acordar virá à tona, sim, um dia

Tudo a seu tempo, entretanto; paciência
Fazeis a parte que lhes cabe, em primazia
E entendeis que o julgamento, a nada, leva
Exceto à mórbida justiça dos dizeres

E a culpa, pois, de fato, é das estrelas
Que nada temem, nem maldizem; não precisam
A consciência dorme em paz; em separado
Do mundo turvo a sacudir desavisados

S@muel B@hi@ Ar@újo – 05/06/2014

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