segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sentimento domado

Um felino de porte
Um cara de sorte
Outras vidas
Tantas lidas

União por dita
Desejável e bendita
Força criadora
Junção benfeitora

Camponesa de labuta
Guerreiro de luta
Zelo à terra
Tempo de guerra

Memórias presentes
Lembranças decentes
Tempo pretérito
Conquista de mérito

Plantação e colheita
Longa empreita
Coração lapidado
Por um felino, domado

S@muel B@hi@ Ar@újo – 26/01/2014

Reencontro

Distantes há algumas décadas,
No momento certo, certamente;
Vimo-nos, de repente, frente à frente.

Duas partes; escolha única.
À mais sutil impressão, estivemos atentos
Ao rumo do tempo e dos ventos.

Memórias vividas há muito
E, não poucas vezes, distanciadas.
Todavia, por dita, cruzadas.

Já avisto o verde dos campos.
Das estradas romanas, além.
A hora é chegada, meu bem.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 25/01/2014

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A busca

Nascemos para buscar.
Buscar o novo e a nós mesmos.
Decisões; escolha por um lado.

Busca por conhecimento e crescimento.
Encarar a si mesmo e ao próprio passado.
Desenterrar traumas e enfrentá-los.

Reminiscências tolas ou dignas de apreciação e registro.
Descobrir nossa real capacidade.
Acordar lentamente de um sono profundo, sabendo, no fundo, que vivemos um sonho.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 24/01/2014

Alma velha em carne nova

O que são essas lembranças que me cercam, que me seguem?
Como recordar o que não vivi?
Cisne negro...
Não pertenço a este lugar; já pensava desde pequena.
Sou de alma velha, em carne nova.
O que é isso?
Sou louca?

Tudo passa!
O tempo, principalmente; este não falha.
Aprendi a amar e, este lugar, aceitar.
Hoje, sim, sinto-me ambientada.
Hoje eu não quero é sair daqui.

Os meus versos me ajudam em minha busca interior.
Ah, se não fossem os meus versos!
Não sei o que seria de mim...

Em tempo real, o sol está quase a pino.
Eu e minha juventude, finalmente, estamos a prumo e no rumo certo.
Sei disso.
Sou meio vidente, na verdade.

Conheci um guri a uns dias atrás.
Garoto diferente.
Não sei dizer exatamente o que sinto em relação a ele, mas sei que temos algo a viver.
Sinto que já o conhecia de longa data.
Veja só! Como pode?

Eu me embolo e ele me desembola numa desenvoltura de arrepiar.
Tornamo-nos, quase que de pronto, desembolistas, um do outro.
A vida é engraçada.
Cada coisa que não explicamos...

Sou questionadora, por natureza, e naturalmente não aceito tão facilmente os mistérios
que a mim se apresentam.
Mas não tenho todas as respostas e estou distante de adquiri-las por completo.
A verdade é que o número de perguntas ainda cresce.

Diante dos fatos peço licença, porquanto versos batem à porta e me invadem pela janela
aberta.
Já estou tomada por eles.
São um reflexo de minha confusão mental.
Preciso externá-los, para me conhecer melhor.
Sou toda poesia, rimada e sentida, narrada e vivida.
Os meus versos, a minha vida.

S@muel B@hi@ Ar@újo - 23/01/2014

Repentistas

Gracista ou repentista
O teu simples ser me conquista
Com ou sem rima, minha musa, flor-menina
És a minha sina

MMA's verbais e batalhas medievais
Travamos versos reais
Nossos destinos se traçaram
Nossos corações se entrelaçaram
Nossos versos se embaraçaram

De contentos e encantamentos
Preenchemos nossos momentos
Temos pinta de artista
De talento romantista
Um do outro, desembolista


S@muel B@hi@ Ar@újo - 22/01/2014

Pétalas

As pétalas caem ao vento, com o tempo.
Presas às suas limitações de estática.
Sem chance ou livre arbítrio,
Deixam-se voar, ao relento.

Entregam-se, convictas, ao destino.
Cumprem-no com categoria e aceitação.
Se bem ou mal tratadas, não se importam.
O que as faz crescer não é o mimo.

Os espinhos forçam distrações.
Ferem os teimosos e os cegam.
A raiva os consome e os ensina.
Cada qual tem o seu tempo e o meio para cada situação.

Observar a natureza é indispensável.
Ensinamentos sublimes e subliminares.
Exemplos, tantos, à espera de nossa percepção.
No devido tempo, toda beleza natural torna-se perscrutável.

Cada qual faz o seu caminho.
Consoante o que lhe bate à porta.
Peças, tantas, à nossa disposição.
Nem sempre, contudo, o seu domínio.

Menos falando e mais ouvindo.
Aprendendo mais e mais.
Sem esforço, sem conquista.
Vamos, portanto, seguindo.

S@muel B@hi@ Ar@újo – 22/01/2014

Felicidade

Completude indefinida
Por poucos percebida
Felicidade é sentida
Paixão pela vida

Escolha sagaz
Tranquilidade e paz
Com pouco se faz
E muito se compraz

Tenta-se entendê-la
Muitos querem tê-la
Tantos, apenas vê-la
Raros ousam sê-la


S@muel B@hi@ Ar@újo – 21/01/2014