O que são
essas lembranças que me cercam, que me seguem?
Como
recordar o que não vivi?
Cisne
negro...
Não
pertenço a este lugar; já pensava desde pequena.
Sou de
alma velha, em carne nova.
O que é
isso?
Sou
louca?
Tudo
passa!
O tempo,
principalmente; este não falha.
Aprendi a
amar e, este lugar, aceitar.
Hoje,
sim, sinto-me ambientada.
Hoje eu
não quero é sair daqui.
Os meus
versos me ajudam em minha busca interior.
Ah, se
não fossem os meus versos!
Não sei o
que seria de mim...
Em tempo
real, o sol está quase a pino.
Eu e
minha juventude, finalmente, estamos a prumo e no rumo certo.
Sei disso.
Sou meio
vidente, na verdade.
Conheci
um guri a uns dias atrás.
Garoto
diferente.
Não sei
dizer exatamente o que sinto em relação a ele, mas sei que temos algo a viver.
Sinto que
já o conhecia de longa data.
Veja só!
Como pode?
Eu me
embolo e ele me desembola numa desenvoltura de arrepiar.
Tornamo-nos,
quase que de pronto, desembolistas, um do outro.
A vida é
engraçada.
Cada
coisa que não explicamos...
Sou
questionadora, por natureza, e naturalmente não aceito tão facilmente os
mistérios
que a mim
se apresentam.
Mas não
tenho todas as respostas e estou distante de adquiri-las por completo.
A verdade
é que o número de perguntas ainda cresce.
Diante
dos fatos peço licença, porquanto versos batem à porta e me invadem pela janela
aberta.
Já estou
tomada por eles.
São um
reflexo de minha confusão mental.
Preciso
externá-los, para me conhecer melhor.
Sou toda
poesia, rimada e sentida, narrada e vivida.
Os meus
versos, a minha vida.
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S@muel B@hia Ar@újo