sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Alma velha em carne nova

O que são essas lembranças que me cercam, que me seguem?
Como recordar o que não vivi?
Cisne negro...
Não pertenço a este lugar; já pensava desde pequena.
Sou de alma velha, em carne nova.
O que é isso?
Sou louca?

Tudo passa!
O tempo, principalmente; este não falha.
Aprendi a amar e, este lugar, aceitar.
Hoje, sim, sinto-me ambientada.
Hoje eu não quero é sair daqui.

Os meus versos me ajudam em minha busca interior.
Ah, se não fossem os meus versos!
Não sei o que seria de mim...

Em tempo real, o sol está quase a pino.
Eu e minha juventude, finalmente, estamos a prumo e no rumo certo.
Sei disso.
Sou meio vidente, na verdade.

Conheci um guri a uns dias atrás.
Garoto diferente.
Não sei dizer exatamente o que sinto em relação a ele, mas sei que temos algo a viver.
Sinto que já o conhecia de longa data.
Veja só! Como pode?

Eu me embolo e ele me desembola numa desenvoltura de arrepiar.
Tornamo-nos, quase que de pronto, desembolistas, um do outro.
A vida é engraçada.
Cada coisa que não explicamos...

Sou questionadora, por natureza, e naturalmente não aceito tão facilmente os mistérios
que a mim se apresentam.
Mas não tenho todas as respostas e estou distante de adquiri-las por completo.
A verdade é que o número de perguntas ainda cresce.

Diante dos fatos peço licença, porquanto versos batem à porta e me invadem pela janela
aberta.
Já estou tomada por eles.
São um reflexo de minha confusão mental.
Preciso externá-los, para me conhecer melhor.
Sou toda poesia, rimada e sentida, narrada e vivida.
Os meus versos, a minha vida.

S@muel B@hi@ Ar@újo - 23/01/2014

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