segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Perdão

O que é o perdão,
Se não o amor próprio?
É isso, meu irmão;
E o ódio é o ópio!

Que devo, eu, fazer,
Pra, sim, me perdoar?
Não basta só dizer.
O outro eu vou amar!

E qual é a questão,
A culpa e o remorso?
Não volto. Pois, então,
Mudança é o que posso!

Um dia inquiri.
Há como andar pra trás?
Não posso, percebi.
Eu amo e sigo em paz!

S@muel B@hi@ Ar@újo

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Eu canto

Eu canto o encanto,
Ditado no embalo.
Dos versos, dos gestos,
Que falo e me calo.

Eu canto o meu pranto,
Silente, presente.
De amor e de dor,
Vivido e sofrido.

Eu canto e encanto
As belas donzelas.
Solfejo o gracejo,
Que imprimo e exprimo.

Eu canto, no entanto,
A calma da alma
Pra ser, comprazer,
Sorrir e sentir.

S@muel B@hi@ Ar@újo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O menor exprimir

Bem pertinho da lua,
Uma estrela brilhava.
Era só sentinela,
Mas ao céu encantava.

Queria, ela, ser mais
Que um brilho vivaz.
Sim, fazer diferença,
Já que era capaz.

Pôs-se, então, a sorrir;
Pra mais longe chegar.
Seu carinho em luz,
E a mais se mostrar.

Descobriu que viver,
Não é só existir.
Deve, sim, ser intenso,
O menor exprimir.

S@muel B@hi@ Ar@újo - 05/01/2014

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Guarde para você

Guarde para você o carinho que lhe dedico
Os abraços e beijos que eu contenho
A doçura com a qual faço com que seus olhos me percebam
O amor que minh'alma oferece em zelo à sua

Guarde para você o amigo que eu sempre serei
As palavras mal proferidas, por falta de conhecimento
A compreensão que um dia tentei que fosse possível
O jeito positivo de ver a vida
A frieza e a sensibilidade em um só ser

Guarde para você a emoção do sentir-se vivo com a morte
A certeza da alegria
O sorriso que contagia
A impossibilidade da instalação da tristeza
A dúvida da vida, segundo as possibilidades inúmeras de ser feliz

Guarde para você os versos não ditos
As poesias ouvidas
A leitura amiga, antiga, sábia, profunda e silenciosa
Os choros silentes e inibidos
As lágrimas sofridas, da perda incalculável
O segredo trancado de você mesma
O sentimento enraizado
A amizade proibida


S@muel B@hi@ Ar@újo

Um sorriso estampado na cara

Quando eu era pequeno, ia à praia do morro.
Lançava sempre uma tatoo, de rena, no corpo.

Nunca fui de beber, nunca fui de fumar.
Mas levo sempre comigo, uma onda no ar.

Um sorriso, estampado na cara.
Uma alegria, que vem e não para.

A minha vida é música rara.
É harmonia, que não se compara.

A minha melodia, sou eu que vou fazer.
Um arranjo melhor quero e vou desenvolver.

O meu pai me ensinou, a jamais desistir.
Por isso, hoje, eu entendo, a importância de cair.

Um sorriso, estampado na cara.
Uma alegria, que vem e não para.

A minha vida é música rara.
É harmonia, que não se compara.

Com o passar das horas, e sem tantas demoras.
Pois se não for agora, o meu tempo vai embora.


Nem todo mundo entende, o que é ser valente.
E quando a gente aprende quase sempre se arrepende.

Com a vida eu aprendi, que o que se faz aqui.
Tem o peso do sentir, mais do que posso imprimir.

As nossas atitudes, explicitam as virtudes.
Saiba que o tempo urge, dê valor e não abuse,

Por isso, meu irmão, preste bastante atenção.
Não leve a vida em vão, respeite cada cidadão.

S@muel B@hi@ Ar@újo

sábado, 21 de abril de 2012

A tristeza e suas potencialidades


A tristeza nos possibilita mergulhar nas profundezas do inconsciente, valorizar as conquistas merecidas e as pessoas devidas.

Além disso, nos oferece a reflexão como ponte para a evolução.
Tudo são ferramentas à nossa disposição.

Nosso olhar sobre cada situação, sentimento, revés ou simples sensação é o que faz toda a diferença.

A felicidade é uma escolha, que por vezes não escolhemos; seja pelo motivo que for, pois não importa, já que intenções, sem atitudes decorrentes, de nada valem.

A tristeza, por sua vez, é imposta. Seja por egoísmo, ignorância, orgulho, ilusão ou ironia do destino; o que quisermos denominar, porquanto a tristeza surge com a incompreensão dos fatos, ou de suas causas; acompanhadas ou não de sofrimento, se é que inexiste uma relação de inerência.


sábado, 3 de setembro de 2011

Estrela

Encantei um pedaço do céu,
Uma estrela acenou entre o véu.
Achegou-se a mim de esguelha,
E pediu-me ao ouvido: aconselha. 

E o caráter gritou-me no ato. 
Fez jurar: amizade e tato.
Quase um ano, no entanto, passou-se.
Sofrimento a estrela me trouxe.

À medida que eu a ajudava,
Mais veneno o amante aplicava.
Quis partir à procura dos mares,
Esbarrei em seus olhos. Que pares!

Ao ficar, desejei esta estrela.
Não podia estar, mas sem tê-la.
Duas semanas passou em meus braços.
Mas veneno criara seus laços.

Doce estrela partiu pra distante.
Ao encontro, de novo, do amante.
Eu, que outrora fui seu confidente,
Já não mais me fazia presente.

Contemplei novamente a noite,
Fiz, porém, do meu ego um açoite.
Me perdoa, oh anjo pequeno!
Por lhe dar não amor, mas veneno.

Essa história de um fim longe está,
Mas feliz, você eu sei que será.
É por isso que não me preocupo,
Entretanto ainda me culpo.

Não é hoje, porém, que a memória,
Me fará escrever esta história.
Pois que em junho da origem fui vê-la,
Fez arder minha chama, a estrela.

E entre brigas e choros silentes,
Pobre estrela não estava contente. 
Pois o amante aproveitador,
Dera a ela um frasco de dor.


Outro ano e donzelas passaram,
Em minha vida, porém, não ficaram.
Já o amante foi pego no ato.
E a estrela curou-se de fato.

Já é tarde? Quis ela saber.
E os meus olhos deixaram-na ver.
A verdade estampada e brilhante,
Sentimento em meu peito arfante.

O que queres de mim, oh estrela?!
Pois feliz, sei que posso fazê-la.
Só me resta fazer a oração.
E entregar a ti meu coração.


S@muel B@hi@ Ar@újo