sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A própria sorte

A fertilidade vaga solta e à espreita
Carrega consigo o porvir dos desejos
Inclinada a decair sobre os conceitos
De mentes vãs e vis e justiceiras

Leva, em bagagem, soberana indiferença,
Pois que julgueis e fazeis, ainda assim
Hipócritas que sois, de carteirinha
Com toda pompa que se apresenta uma rainha

Escondeis de vós as máscaras que pondes
A limitar as visões que, de vós mesmos, tendes
A espiar, por um espelho, as próprias almas
Que apodrecem a cada ensejo e julgamento

Por que chorais ao mundo, descontentes
E inquiris de Deus, o poderoso
Se é de vós que tendes de arrancar
Todo o perjúrio que ainda teimais em desferir

Quanta injustiça perante vós, os justiceiros
Que renunciais em favor do mundo inteiro
A felicidade que não conseguis por mérito
Ou os infortúnios de tantos sofrimentos

Que lograis de tal infâmia em que viveis,
A jurar em falso o amor próprio, a quem vos vê?
Aceiteis o próximo como é e, então, proveis
Um mundo injusto, para aquele que não crê

Que a própria sorte é feita e não prevê
Imunidade àquele que entender
Que causas justas é que o farão viver
De integridade e honra, de verdade


S@muel B@hi@ Ar@újo - 31/01/2014

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